Informação geral
- 40h
- Desde a 19/8/2024
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Sobre o curso
O Brasil vem passando por um cenário epidemiológico preocupante, com o aumento de arboviroses como dengue, chikungunya e zika, que têm como principal vetor os mosquitos da espécie Aedes aegypti. O contexto atualmente é ainda mais alarmante após a associação do vírus zika (ZIKV) com o surgimento de crianças com alterações neurológicas congênitas (microcefalia), principalmente no Nordeste do Brasil. As arboviroses são motivo de grande preocupação em saúde pública no Brasil e no mundo, decorrente, principalmente, do grande número de casos, do potencial de dispersão, do elevado número de pessoas susceptíveis, da complicação e das sequelas impostas (como cronicidade da chikungunya e microcefalia relacionada à zika), da falta de tratamento específico e dos enormes gastos. Mesmo diante de tantos problemas, ainda é um desafio para os órgãos de vigilância em saúde controlar o vetor. Assim, vamos apresentar, de forma dialógica, a biologia básica do Aedes aegypti, os métodos de vigilância e controle na luta contra esse mosquito, considerado o principal transmissor das arboviroses e responsável por um acréscimo de aproximadamente 400% de casos novos, em comparação com o primeiro semestre do ano de 2019. Vale a pena ressaltar que esse aumento no número de casos não retrata a situação em todos os estados, uma vez que é uma doença sazonal, de curso agudo e de diferente distribuição no território nacional. Além disso, questões de imunidade, introdução de novos arbovírus e alternância de sorotipos do vírus dengue (DENV) circulantes também são fatores importantes a se considerar nesse aumento de casos e não somente a presença do vetor.
Em 2019, de acordo com o Ministério da Saúde, foram notificados mais de um milhão e meio de casos prováveis de dengue, 132.205 casos prováveis de chikungunya e 10.768 casos prováveis de zika. Em 2020, com a deflagração da pandemia de covid-19, e as arboviroses serem deixadas em segundo plano, seria esperado um aumento no número de casos dessas arboviroses, uma vez que a dificuldade de execução das atividades de rotina, o medo de procurar atendimento médico e a maior permanência da população em casa são fatores favoráveis à dinâmica de transmissão. No entanto, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2020, ocorreu uma redução no número de casos notificados das três arboviroses, com 928.282 para dengue, 69.702 para chikungunya e 6.220 para zika. Essa redução pode ser atribuída à mobilização que as equipes de vigilância epidemiológica estaduais estão realizando diante do enfrentamento da emergência da pandemia do coronavírus (covid-19), após a confirmação dos primeiros casos no Brasil, em março de 2020, ocasionando atraso ou subnotificação para os casos das arboviroses.
Objetivos
OBJETIVO GERAL:
Atualizar gestores e profissionais de nível superior, que atuam na vigilância em saúde, sobre as ações de gestão, vigilância, controle, mobilização social, comunicação e educação em saúde relacionadas ao vetor Aedes aegypti.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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Apresentar a biologia do vetor (morfologia básica, hábitats, hábitos alimentares, comportamento);
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Atualizar sobre as metodologias de monitoramento entomológico (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), Levantamento de Índices Amostral (LIA) e armadilhas) e utilização dos sistemas de informação existentes;
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Atualizar quanto às medidas de prevenção e controle do vetor;
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Orientar na execução de atividades relacionadas à vigilância, ao controle do vetor e aos procedimentos gerais de segurança do trabalhador e da trabalhadora.
Conteúdo
UNIDADE 1 – VETOR AEDES
UNIDADE 2 - BIOLOGIA E MORFOLOGIA DOS VETORES
UNIDADE 3 - VIGILÂNCIA EM SAÚDE
UNIDADE 4 - EXPERIÊNCIA EXITOSA NO MONITORAMENTO DE AEDES AEGYPTI
UNIDADE 5 - CONTROLE DO AEDES AEGYPTI NO BRASIL
UNIDADE 6 - USO DE INSETICIDAS EM SAÚDE PÚBLICA
UNIDADE 7 - NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS AO CONTROLE DO AEDES AEGYPTI
Como nos organizamos
METODOLOGIA
O módulo é oferecido sob a forma de educação a distância, autoinstrucional, sendo mediado por material didático diversificado, como vídeos, fluxogramas e linhas de tempo. Além disso, o módulo conta com atividades de correção automatizada com feedback aos participantes do curso e sugestões de material informacional complementar como sites, artigos e filmes.
RECURSOS
No módulo, serão utilizados como recursos: vídeos, imagens, fluxogramas, linha do tempo, quadros, recursos interativos e textos explicativos.
AVALIAÇÃO
A avaliação do módulo é contínua, realizada por meio de exercícios de fixação e desempenho ao longo do módulo.